Gastronomia
Doçaria
Difícil mesmo, será escolher de entre as principais especialidades regionais: arroz doce, leite-creme, lampreia de ovos, queijadas de Sintra, fofos de Belas, trouxas da Malveira, ouriços e areias da Ericeira, lezírias de Vila Franca de Xira, trouxas de ovos e cavacas das Caldas, pão de ló de Alfeizerão, Painho e Landal, arrepiados de Almoster, pastéis de feijão de Torres Vedras, sonhos de Natal, brisas do Liz, Marmelada branca de Odivelas, Palha de Abrantes, farófias, nozes e doces de ovos de Cascais, queijinhos do céu de Montalvo e tijeladas do Sardoal, fatias de Tomar, bolos de cabeça de Torres Novas, fofas de Mação e cartuchos de Cernache do Bonjardim, saloios de Bucelas e doce de abóbora com laranja.
Em Lisboa ... o Pastel de Belém
Um aroma a natas e a canela espraia-se pela zona, e a cem metros de distância já se sente a aproximação a um dos locais “sagrados” da doçaria mundial: resistindo à industrialização, à venda ou ao franchising, os Pastéis de Belém continuam a ser um dos melhores embaixadores de Lisboa. Todos caem na doce tentação.
Em Lisboa ... o Pastel de Belém
Um aroma a natas e a canela espraia-se pela zona, e a cem metros de distância já se sente a aproximação a um dos locais “sagrados” da doçaria mundial: resistindo à industrialização, à venda ou ao franchising, os Pastéis de Belém continuam a ser um dos melhores embaixadores de Lisboa. Todos caem na doce tentação.
Na zona de Belém, ponto turístico obrigatório de Lisboa, há uma pastelaria muito especial, cuja fama corre mundo: “a única e verdadeira fábrica dos Pastéis de Belém”. Durante todo o dia, todos os dias do ano, cerca de dez mil pastéis, artesanais, totalmente feitos à mão, saem dali, fresquinhos, prontos a comer.
Reza a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém terá sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora. Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.
O êxito foi imediato entre os alfacinhas, que acorriam a comprar o novo doce. Depois, foi a notoriedade nacional. Com o aparecimento do turismo de massas, em meados do século passado, a fama dos Pastéis de Belém tem corrido mundo, de Nova Iorque ao Japão.
Reza a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém terá sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora. Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.
O êxito foi imediato entre os alfacinhas, que acorriam a comprar o novo doce. Depois, foi a notoriedade nacional. Com o aparecimento do turismo de massas, em meados do século passado, a fama dos Pastéis de Belém tem corrido mundo, de Nova Iorque ao Japão.
Não admira que, com este êxito, muitos tenham tentado, em Portugal e no estrangeiro, imitar o produto. Mas, até agora, sem resultados. O primeiro doceiro, o tal que veio do Mosteiro dos Jerónimos, trabalhava de madrugada, em segredo, fechado num quarto, onde não deixava ninguém entrar, enquanto misturava os ingredientes na proporção certa, tal como lhe tinha ensinado o frade inventor da receita.
Acautelando imitações, o dono da pastelaria registou mais tarde a patente da receia, e o segredo tem sido bem guardado até hoje.
Actualmente, apenas três pessoas estão a par da receita mágica – um pasteleiro que trabalha na casa há meio século, e dois ajudantes, da sua total confiança, que também ali estão há décadas. Eles tiveram que fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade em como não podiam ensinar o segredo.
Acautelando imitações, o dono da pastelaria registou mais tarde a patente da receia, e o segredo tem sido bem guardado até hoje.
Actualmente, apenas três pessoas estão a par da receita mágica – um pasteleiro que trabalha na casa há meio século, e dois ajudantes, da sua total confiança, que também ali estão há décadas. Eles tiveram que fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade em como não podiam ensinar o segredo.
Actualmente, é fabricada uma média de 10 mil pastéis diários. Segundo os pasteleiros da casa, o que distingue os Pastéis de Belém dos pastéis de nata normais que se vendem em outros estabelecimentos é, além da receita com as proporções certas, o investimento no trabalho manual e os ingredientes de primeira qualidade – farinha, açúcar, leite e ovos.
O êxito dos Pastéis de Belém tem sido objecto de estudo para os mais variados fins. Desde alunos da escola primária que enviam cartas manuscritas perguntando quais os ingredientes da receita, até aos estudantes de Antropologia que constroem teses sobre aquele doce, tudo tem passado por Pedro Clarinha, gerente da casa desde 1984. Pedro Clarinha garante que responde a todos os pedidos e prova o seu interesse pela história dos Pastéis de Belém ao coleccionar não só estes trabalhos como os recortes de imprensa, curiosidades, fotografias e autógrafos de todos os famosos que por ali vão passando.
O processo de fabrico continua a ter o seu lado artesanal. A massa é moldada nas formas à mão por um grupo de mulheres, que poderiam ser substituídas por uma máquina se não fosse a preocupação com o método artesanal que faz parte da filosofia da casa.
O êxito dos Pastéis de Belém tem sido objecto de estudo para os mais variados fins. Desde alunos da escola primária que enviam cartas manuscritas perguntando quais os ingredientes da receita, até aos estudantes de Antropologia que constroem teses sobre aquele doce, tudo tem passado por Pedro Clarinha, gerente da casa desde 1984. Pedro Clarinha garante que responde a todos os pedidos e prova o seu interesse pela história dos Pastéis de Belém ao coleccionar não só estes trabalhos como os recortes de imprensa, curiosidades, fotografias e autógrafos de todos os famosos que por ali vão passando.
O processo de fabrico continua a ter o seu lado artesanal. A massa é moldada nas formas à mão por um grupo de mulheres, que poderiam ser substituídas por uma máquina se não fosse a preocupação com o método artesanal que faz parte da filosofia da casa.
De resto, a Fábrica dos Pastéis de Belém tem estado frequentemente “contra a corrente”, explica Pedro Clarinha. Há uns anos, quando muitos cafés quase aboliram as cadeiras para afastar os clientes que permaneciam uma tarde inteira à frente de uma ‘bica’, a Fábrica decidiu apostar em mais mesas – e com resultado. Mais recentemente, aumentaram as propostas de compra e de franchising mas, sem rejeitar a ideia de expandir o negócio, o dono tem resistido.

Vinhos Portugueses
Na Região de Lisboa produzem-se vinhos brancos, tintos, rosés e espumantes, bem como aguardentes únicas.As regiões com maior tradição vinícola têm os seus vinhos classificados com a sigla DOC, que significa Denominação de Origem Controlada. Esta denominação é uma garantia de proveniência e qualidade, já que o vinho tem que obedecer a regras muito rigorosas quanto à sua composição, tempo de estágio, etc.
Na Região de Lisboa existem 18 DOC: Santarém, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Almeirim, Tomar, Óbidos, Alenquer, Lourinhã, Torres Vedras, Arruda, Setúbal, Arrábida, Palmela, Alcobaça, Bucelas, Carcavelos e Colares.
De referir ainda o vinho Encostas D'Aire, que ainda não goza do estatuto DOC mas tem Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR).
Quanto a vinhos regionais, sujeitos a processos de certificação mais simples, são de mencionar o Ribatejano, o Estremadura, os leves do Oeste e os Terras do Sado.
De entre os licores, salienta-se a popular Ginginha, um licor de ginja tipicamente lisboeta. Pode ser servido "com ou sem elas", ou seja, com ou sem a ginjas no copo. Destaque ainda para a aguardende demarcada da Lourinhã.