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Franciscommsc@hotmail.com

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Monumentos

Castelo São Jorge

Construído em meados do século XI, a fortificação preserva, ainda, onze torres e apresenta alguns elementos arquitectónicos característicos das fortificações militares de época islâmica. Os lanços de escadas adossados às muralhas dão acesso às ameias e às torres, sendo visitável em todo o seu perímetro.

VESTÍGIOS DO PAÇO REAL DE ALCÁÇOVA
Todo o conjunto edificado onde se encontram hoje instalados o Museu, o Café do Castelo, o restaurante Casa do Leão constitui a memória mais significativa da antiga residência real medieval.

NÚCLEO ARQUEOLÓGICO
Conjunto de vestígios arqueológicos que testemunham três períodos significativos da história de Lisboa: as primeiras estruturas habitacionais do século VII a.C; as casas e ruas de meados do século XI, de época islâmica; e os vestígios da última habitação palatina – o Palácio dos Condes de Santiago – destruído pelo Terramoto de 1755.

MUSEU
Colecção visitável constituída por um acervo de objectos encontrados na área arqueológica (Núcleo Arqueológico), proporcionando a descoberta das múltiplas culturas e vivências que desde o século VII a.C ao século XVIII foram contribuindo para a construção da Lisboa da actualidade, com particular destaque para o período islâmico do século XI-XII.

PERISCÓPIO – TORRE DE ULISSES
O periscópio, sistema óptico de lentes e espelhos inventado por Leonardo Da Vinci no século XVI, permite examinar minuciosamente a cidade em tempo real, os seus monumentos e zonas mais emblemáticas, o rio e a azáfama própria de Lisboa, num olhar que percorre 360º.

MIRADOURO
Em virtude da sua excepcional localização, o Castelo de S. Jorge destaca-se do conjunto dos miradouros de Lisboa pelas vistas únicas e majestosas que permite usufruir.

 

O Padrão dos Descobrimentos serviu com ex-líbris da Exposição do Mundo Português que se realizou em Lisboa em 1940, com o objetivo de comemorar os oito séculos do nascimento de Portugal – 1140 foi o ano em que D. Afonso Henriques ostentou, pela primeira vez, o título de Rei de Portugal.

Ao mesmo tempo, comemorava-se com essa mostra os três séculos de Restauração da Independência Portuguesa em 1640 – quando Filipe IV de Espanha e III de Portugal foi deposto do trono, dando-se assim início à dinastia de Bragança.

A Exposição do Mundo Português foi realizada em Belém, tendo-se revelado como um grande acontecimento político e artístico sob o patrocínio de António Oliveira Salazar.

A planificação do Padrão dos Descobrimentos ficou a cargo do arquiteto Cottinelli Telmo, sendo depois esculpido por Leopoldo de Almeida.

A estrutura original deste monumento foi uma estrutura provisória que viria a ser demontada em 1958 e substituída por uma nova estrutura de betão e revestimento e esculturas de pedra.

A nova estrutura ficou concluída definitivamente em 1960, altura em que se assinalava o quinto centenário da morte do Infante D. Henrique.

 

 

Lisboa, na época dos Descobrimentos, viu crescer a sua importância como cidade cosmopolita, tornando-se rapidamente num ponto de referência e encontro de culturas, gentes e conhecimentos. A política naval portuguesa do século XVI e o progresso das viagens marítimas fizeram do porto de Lisboa uma paragem obrigatória para os que navegavam nas rotas do comércio internacional.  Proteger Lisboa e a sua barra tornou-se uma necessidade. Teve o rei D. João II (1455-1495) a iniciativa de traçar um plano inovador e eficaz, que consistia na formação de uma defesa tripartida entre o baluarte de Cascais, a fortaleza de S. Sebastião da Caparica (também chamada Torre Velha), na outra margem do rio, e uma terceira fortaleza que, devido à sua morte, coube a D. Manuel I, seu sucessor, a tarefa de mandar construir. Assim, em homenagem ao santo patrono da cidade de Lisboa - S. Vicente - foi construída a Torre de Belém, no local onde antes estava ancorada a Grande Nau, que cruzava fogo com a fortaleza de S. Sebastião, perpetuando em pedra aquela estrutura de madeira.

Francisco de Arruda foi nomeado Mestre do Baluarte de Belém, após o seu regresso do Norte de África, onde se distinguiu pela edificação de algumas fortalezas. Iniciou a construção, em 1514, sob a orientação do mestre-de-obras do Reino, Diogo de Boitaca, que na altura dirigia os trabalhos do Mosteiro dos Jerónimos. Em 1520 a Torre estava concluída e, um ano mais tarde, era nomeado o seu primeiro alcaide-mor, Gaspar de Paiva. A contribuição prestada por Francisco de Arruda é bem visível na forma arquitectónica e nas suas proporções delicadas, bem como nas influências Islâmicas e Orientais dos elementos decorativos, sendo as cúpulas de gomos que cobrem as guaritas um dos exemplos mais marcantes.Como símbolo do prestígio do Rei, a sua decoração ostenta a simbologia própria do Manuelino - calabres que envolvem o edifício, rematando-o com elegantes nós, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas. Entre estes últimos sobressai a representação de um rinoceronte, a primeira em pedra que se conhece em toda a Europa, sustentando a base de uma guarita do baluarte virada a Oeste, prova evidente do contacto pioneiro que Portugal manteve com os outros povos além-mar. Ao longo dos anos foram feitas várias intervenções que culminaram com os restauros oitocentistas nas ameadas, no varandim do baluarte, no nicho da Virgem virada para o rio, e no próprio claustrim onde assenta, o qual servia para arejar e ventilar a casamata, sobretudo quando havia fumos de pólvora. 
Na estrutura da Torre podemos distinguir duas partes: a torre, propriamente dita, ainda de tradição medieval, mais esguia e com quatro salas abobadadas, e o baluarte, de concepção moderna, mais largo e com a sua casamata onde, a toda a volta, se dispunha a artilharia.
É a este local que o visitante tem acesso directo, quando entra pela porta principal da Torre de Belém.

Com o passar do tempo, e com a construção de novas fortalezas, mais modernas e mais eficazes, a Torre de Belém foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo. Durante os séculos que se seguiram, desempenhou funções de controlo aduaneiro, de telégrafo e até de farol. Foi também prisão política e viu os seus armazéns transformados em masmorras, a partir da ocupação filipina (1580) e em períodos de instabilidade política.

A Torre de Belém é um referente do Portugal Atlântico e periférico. Embora ancorada no Tejo, e armada durante séculos com artilharia fixa, remete-nos para a viagem, para o querer, para o êxodo, para o nomadismo do Homem Português pelo Mundo repartido, e para o pioneirismo dos nossos seculares contactos de cultura nos vários espaços insulares e continentais. A nudez simbólica das suas pedras remete para as dimensões local, regional e nacional, mas alarga-se à dimensão Universal onde pode caber o Homem uno e diverso. A Torre de Belém afirma o direito à diferença dum povo e duma comunidade alargada de língua comum.